quinta-feira, 4 de abril de 2013

QUEM É QUEM (AS COREIAS)


OLHA GALERA QUE INTERESSANTE ESSA REPORTAGEM DA  REVISTA VEJA. 

FONTE:http://veja.abril.com.br/quem/coreia-norte-coreia-sul.shtml

Quem é Quem

Coreia do Norte x Coreia do Sul

Um território divido entre extremos. Ao norte, o país mais fechado do mundo. Ao sul, uma aliada dos Estados Unidos, o país símbolo do liberalismo. Enquanto a Coreia do Sul aplica sanções contra a vizinha, esta insiste em investir em seu programa nuclear, e sobrevive ao total isolamento econômico e cultural às custas da miséria de sua população. Acredita-se que o regime totalitário da Coreia do Norte está próximo de um colapso. Esta ideia ganha cada vez mais força com os rumores de que o ditador Kim Jong II padece de uma grave doença. Compare os dois países:

Coreia do Norte

  Coreia do Norte 
 • Regime ditatorial 
 • 120.538 km² 
 • Capital: Pyongyang 
 • 23 milhões de habitantes 
 • PIB: 40 bilhões de dólares 
 • Expectativa de vida: 67 anos 
 • Exército: 1,2 milhão de soldados 

Coreia do Sul

  Coreia do Sul 
 • Regime democrático 
 • 99.237 km² 
 • Capital: Seul 
 • 50 milhões de habitantes 
 • PIB: 1,27 trilhão de dólares 
 • Expectativa de vida: 78 anos 
 • Exército: 655.000 soldados 

Localização

Histórico

O país ficou sob a influência da União Soviética após a II Guerra. A divisão oficial do território veio em 1948: o norte como comunista eo sul, capitalista. Em 1950, o norte invadiu o sul, sob o argumento de ter a fronteira violada. Queria unificar os dois países sob o regime comunista, ofensiva contida pelas intervenções militares americanas. Em 1953, um acordo estabelecia uma zona desmilitarizada entre as Coreias. A então União Soviética continuou ajudando a Coreia do Norte em seu programa nuclear. Na década de 1980, o país assinou tratado de não proliferação nuclear, mas não o cumpriu. Em 2009, deixou o mundo em atenção, após vários testes com mísseis nucleares.
O território coreano já foi disputado por chineses, mongóis, japoneses e russos. A região sul se tornou uma zona de influência americana através do mesmo tratado que fez do norte um estado comunista, em 1948. O país foi apoiado pelos Estados Unidos durante a Guerra da Coreia, Em 2000, o presidente Kim Dae Jung receber o Prêmio Nobel da Paz pela sua iniciativa de paz com o norte. A confirmação de que a Coreia do Norte manteve um programa secreto para desenvolver armas nucleares impediu a aproximação. A crise se agravou em 2008, quando o presidente Lee Myung-bak adotou uma postura de endurecimento das sanções econômicas em relação ao Norte.

Líderes

Em 1984, Kim Jong-II herdou o poder do pai, Kim II-sung, considerado o “presidente eterno” desde 1948. Aos 68 anos, não aparece em público há 15 anos e tem um histórico de corrupção e tirania. Entre seus golpes mais conhecidos, estão a falsificação de dólares e a lavagem de dinheiro do narcotráfico. Sofreu um derrame cerebral em 2008 e seu provável sucessor deve ser Kim Jon-um, de 26 anos, filho caçula do ditador, considerado imaturo e incapaz de manter o regime.
Eleito presidente em 2008, o conservador Lee Myung-bak, de 67 anos, passou a exigir o desarmamento nuclear norte-coreano e melhoras em questões de direitos humanos para enviar ajuda ao norte, que recebeu entre 1995 e 2007 mais de 3 bilhões de dólares do sul. Em abril de 2008, os norte-coreanos realizaram testes com mísseis de curto alcance, e acusaram Lee Myung-bak de ter enviado um navio de guerra à Coreia do Norte, aumentando a tensão entre os países.

Política

É o país mais fechado do mundo. O governo ditatorial divide a população em três: entre 20% e 30% são leais; aproximadamente 60% são considerados neutros, e entre 10% e 20% são tidos como reacionários ou hostis. As autoridades se utilizam desta classificação para decidir quem pode cursar a universidade ou quanto alimento irá receber, por exemplo. Os norte-coreanos não podem ler jornais, revistas, ou livros estrangeiros, e jornalistas apenas podem entrar no país com a autorização do governo, uma tarefa praticamente impossível. O inviável sistema comunista do país matou de fome cerca de 3 milhões de pessoas no fim dos anos 1990, já na gestão de Kim II-sung.


O país tem um sistema democrático, conquistado após anos de instabilidade política. Quando foi classificada como Coreia do Sul, a região passou a ter como liderança o nacionalista Syngman Rhee, que permaneceu no poder até 1960. Seu sucessor, Chang Myon, foi deposto, em 1961, e o general Park Chung Hee assumiu o comando do país sob suspeitas de ter fraudado a eleição. Em 1972, através de um golpe de Estado, Park instaurou no país uma ditadura militar. Park foi assassinado em 1979. O general Chun Doo-Hwan liderou outro golpe militar, que durou até 1987, quando a pressão popular tornou as eleições diretas inevitáveis. O primeiro presidente civil do país depois de 30 anos, em 1992, foi o candidato governista Roh Tae Woo. 

Economia

O PIB do país corresponde a 3,1% do PIB sul-coreano. A economia está estagnada há quase quinze anos. A desnutrição da população, que sofre com a fome crônica há doze anos, fica evidente de todas as formas, como na avaliação da estatura dos norte-coreanos, que são, em média, sete centímetros mais baixos que os coreanos capitalistas. Hoje, o governo concenta forças na Campanha dos 150 dias: quer crescer 20% até 2012, ano do aniversário de 100 anos do “presidente eterno”, Kim II-sung.
O país transformou-se num dos Tigres Asiáticos e, ao contrário da região norte, é moderno e industrializado. Sua economia tem como base a exportação de bens manufaturados e de alta tecnologia. Entre 1980 e 1993, o PIB cresceu em média 9,1% ao ano, uma das taxas mais altas do mundo. A partir de 1997, o país sofreu o impacto da crise financeira mundial, mas se manteve como um importante exportador de produtos eletrônicos, peças para computador e automóveis. 

Ameaça nuclear

Responsável pelos dois testes nucleares neste século, ameaçou “varrer” os Estados Unidos e a Coreia do Sul, sob a justificativa de que poderia ser atacada por eles. Em 2002 confessou que mantinha seu projeto nuclear. Os Estados Unidos suspenderam a ajuda e mesmo assim mantém testes com artefatos nucleares com frequência.
Assim como os Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas, a Coreia do Sul condena o uso de armas nucleares. Em 2000, tentou uma reaproximação com o governo do norte, malsucedida. É acusada pelo norte de ter intenções hostis, razão pela qual o ditador vizinho lança foguetes em testes nucleares.

Apoio externo

O país quase não mantém relações exteriores, apesar de receber ajuda financeira e humanitária. No último mês, a ONU exigiu que Pyongyang prossiga com as negociações diplomáticas com a Coreia do Sul, Japão, EUA, Rússia e China. A China, aliada da Coreia do Norte, condenou formalmente o país pela realização de testes nucleares, mas não deve aceitar medidas mais duras contra o vizinho, mesma posição que deve adotar a Rússia.
É apoiada principalmente pelos Estados Unidos, desde o término da Guerra Fria, e também pela França. A Coreia do Sul mantém boas relações com a Organização das Nações Unidas, e com instituições econômicas poderosas como o Banco Mundial, a Cooperação Econômica Ásia Pacífico, o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização Mundial do Comércio.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

iGoogle

iGoogle: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dialeto gaúcho



O dialeto gaúcho é um dialeto do português falado no Rio Grande do Sul, e em parte do Paraná e de Santa Catarina. Fortemente influenciado pelo alemão e italiano, por força da colonização, e espanhol e pelo guarani, especialmente nas áreas próximas à fronteira com o Uruguai, possui diferenças lexicas e semânticas muito numerosas em relação ao português padrão - o que causa, às vezes, dificuldade de compreensão do diálogo informal entre dois gaúchos por parte de pessoas de outras regiões brasileiras, muito embora eles se façam entender perfeitamente quando falam com brasileiros de outras regiões. Foi publicado um dicionário "gaúcho-brasileiro" pelo filólogo Batista Bossle, listando as expressões regionais e seus equivalentes na norma culta.

A fonologia é bastante próxima do espanhol platino, sendo algumas de suas características a ausência de vocalização do "l" em "u" no final de sílabas, e a menor importância das vogais nasais, praticamente restrita à vogal "ã" e aos ditongos "ão" e "õe". Gramaticalmente, uma das características mais notáveis é o uso do pronome "tu" em vez de "você" (diferente do usado em São Paulo), mas com o verbo na terceira pessoa ("tu ama", "tu vende", "tu parte").

Palavras

* aipim = mandioca
* ancinho = rastilho, rastelo, ciscador, catador de folhas
* aprochegar = aproximar-se, chegar perto;
* aspa = chifre
* aspaço / aspada= chifrada
* atucanado = atrapalhado, cheio de problemas;
* baita = grande, crescido;
* bergamota = tangerina;
* borracho = bêbado;
* branquinho = beijinho (doce);
* brigadiano = Brigada militar de Porto Alegre
* cacetinho = pão francês;
* cancheiro = pessoa que tem experiência e/ou habilidade em alguma coisa
* carpim = meia de homem
* chapa = radiografia ou dentadura
* chavear = trancar com a chave;
* china ou chinoca = prostituta;
* chinaredo = bordel; onde fica o chinaredo.
* colorado = torcedor do Internacional;
* corpinho = sutiã;
* cuecão = ceroula;
* cuia (para mate)= parte da planta 'lagenaria vulgaris' usada para o chimarrão.
* cupincha = camarada, companheiro, amigo;
* cusco = cachorro, cão pequeno;
* entrevero = mistura, desordem, confusão de pessoas, briga;
* fatiota = terno;
* folhinha = calendário;
* gaudério = gaúcho;
* guaipeca / guapeca= cachorro viralata.
* guria = menina, moça;
* lomba = ladeira;
* melena = cabelo;
* minuano = vento vindo do sul que trás as massas gélidas do Pólo Sul.
* negrinho = brigadeiro (doce);
* pandorga = papagaio, pipa;
* parelho = liso, homogêneo;
* patente = vaso sanitário;
* pebolim = totó, fla-flu;
* pechada = batida, trombada (entre automóveis)
* pedro e paulo = dupla de policiais militares;
* peleia = briga;
* piá/guri = menino, garoto;
* pila = palavra regional que dá nome a moeda nacional, no caso o Real (ex: 10 pila, 25 pila - usa-se sempre no singular);
* prenda = mulher do gaúcho;
* quebra-molas = lombada;
* sarjeta = meio-fio;
* sestear = dormir depois do almoço;
* sinaleira = semáforo;
* tchê = pessoa, "cara";
* tercear ferro = lutar com adagas, facões ou facas grandes.
* terneiro = bezerro;
* trava = freio, breque;
* tri = muito (ex: trilegal, tribonita);
* veranear = passar o verão;
* vivente = criatura viva, pessoa, indivíduo;
* xirú= índio ou caboclo. Na língua tupi quer dizer "meu companheiro"

Expressões

* agüentar o tirão = topar a parada, sustentar uma opinião;
* andar pelas caronas = andar mal, estar em dificuldade;
* arrastar a asa = enamorar-se;
* botar os cachorros = falar mal de alguém;
* chorar as pitangas = lamuriar-se;
* dar com os burros n'água = dar-se mal, ser mal sucedido;
* deitar nas cordas = fazer corpo mole;
* de orelha em pé = atento, de sobreaviso;
* de rédeas no chão = entregue, submisso, apaixonado;
* de varde = de balde, em vão;
* de vereda = imediatamente, já;
* é tiro dado e bugio deitado = acertar de primeira; ter certeza do que faz;
* entregar as fichas = ceder, concordar;
* estar com o diabo no corpo = estar furioso, insuportável;
* frio de renguear cusco = frio tão intenso que pode deixar um cachorro mancando;
* índio velho = camarada;
* ir aos pés = fazer as necessidades no vaso sanitário;
* juntar os trapos = casar, viver junto;
* lamber a cria = mimar o filho;
* largar de mão = desistir, abandonar;
* matar cachorro a grito = estar sem dinheiro, estar na miséria, viver com dificuldade;
* meter a viola no saco = calar-se, desistir, acovardar-se;
* morar para fora = morar no campo (fazenda, sítio ou vila pequena)
* na ponta dos cascos = (estar) em posição excelente, pronto para atuar;
* no mato sem cachorro = em dificuldade, em apuros;
* olhar de cobra choca = olhar dissimulado;
* se aprochegar = chegar mais próximo, se acomodar;
* sentar o braço = surrar, espancar, esbofetetar, bater;
* terneiro guacho = tomador de leite;
* tomar uma camaçada de pau = apanhar;
* tomar uma tunda de laço = apanhar;

Interjeições

* Bah! = Nossa! - é primariamente, uma interjeição de espanto, mas pode ter outros usos, como, por exemplo, mostrar hesitação ao iniciar uma frase.
* Capaz? = É mesmo?, Imagina! - indica espanto e dúvida ao mesmo tempo quanto ao que a pessoa acabou de ouvir.
* Que tri! = Que legal!


Algumas comparações

* Na Cidade de São Paulo: Você pegou algumas frutas?

No Rio Grande do Sul: Tu pegou algumas frutas?

* Na Cidade de São Paulo: Que tombo feio!

No Rio Grande do Sul: Mas que pialo feio,Tchê!

* Na Cidade de São Paulo: Que "muleque" rápido!

No Rio Grande do Sul: Mas que "guri" ligeiro esse! tche!

Há diferenças também nas próprias regiões do Rio Grande do Sul, por influência da colonização:

* Na cidade de Porto Alegre: Bah, né! Tu viu que o cara pegou todo nosso dinheiro?

Na cidade de Pelotas: Bah, tchê! Tu visse que o cara pegou todo nosso dinheiro?

Na cidade de Passo Fundo: Bah, Tchê! Tu viu que aquele homem pegou todo nosso dinheiro?

* Outras variações

No Rio Grande do Sul, além deste dialeto, fala-se também o Riograndenser Hunsrückisch, outro dialeto nativo falado entre os colonos alemães, e também o Talian, falado pelos colonos italianos. São considerados dialetos nativos, uma vez que, embora provenientes de idiomas exóctones (alemão e italiano), desenvolveram-se no Rio Grande do Sul.

Referências

1. Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul, de Zeno e Rui Cardoso Nunes, editado por Martins Livreiro